sábado, 5 de março de 2011

We're all a little sissy around here

Baixei Breakfast with Scot (2007) sem muita expectativa, só pra ter uma comédia reserva, por assim dizer, pra quando estivesse cansada de me debulhar em lágrimas com os filmes ~mais sérios~. E qual não foi a minha surpresa ao assistir e adorar o filme? Acho que eu tenho que fazer isso mais vezes: assistir sem esperar muito. Enfim, vamos à sinopse.

Eric e Sam vivem juntos e um belo dia se veem meio que obrigados a cuidar de Scot (com apenas um "t" mesmo), filho da ex-namorada do irmão de Sam. A mulher morreu e Billy, o ex-namorado, é um enrolão que está demorando demais pra voltar do Brasil. Pra não deixar o menino entregue ao serviço social, Sam e Eric ficam com ele, mas não sabem muito bem como lidar com o fato de que Scotr usa as jóias e a maquiagem da mãe, etc.

Como a maioria dos filmes que tratam desse assunto (caras não-afeminados tendo que lidar com caras afeminados), Breakfast with Scot é uma comédia, mas não um pastelão caricato. Primeiro vamos reparar no fato de que estamos falando de um casal gay que não sabe como proceder com o menino; ou seja, já começa mandando beijos pra quem acha que todos os homossexuais são, necessariamente, afeminados. Outro detalhe importante é que Eric era um jogador famoso de hockey até se contundir e virar jornalista esportivo; ele é uma pessoa pública e não quer que ninguém saiba que ele é gay.

O filme é simples e segue aquela fórmula básica sobre como é importante ser diferente e se aceitar, mas eu achei muito bonitinho e delicado. A originalidade está na situação inusitada do casal, que literalmente não sabe o que fazer. Não é apenas a questão de Eric não querer ser descoberto, mas que eles morrem de medo de que Scot sofra por simplesmente ser quem ele é, e em determinado ponto eles acham melhor reprimir isso. Se você usar maquiagem, jóias e roupas cor-de-rosa os garotos da escola vão bater em você. Se você não gosta de esportes, eles vão rir de você. Existe um padrão a ser seguido pra que a gente possa ficar segura. É pra enrolar a cabeça de qualquer um, não?


Detalhe que, quando baixei, nem sabia que era canadense. São os filmes canadenses conquistando espaço no meu coração sempre -q

É isso, não tem muito o que falar. É um filme que vale a pena, tanto por ser levinho e despretensioso (não é um retrato fiel da realidade, mas dá uma aliviada nela) quanto pela atuação do Scot (Noah Bernett) que, gente, é um amor. Super recomendo.

2 comentários:

Daniel Savio disse...

Interessante o filme, sendo que devido a este feriadão chuvoso, o filme é uma boa pedida...

Fique com Deus, menina Moony.
Um abraço.

Anônimo disse...

Você falou tão bem que me deu vontade assitir!