sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

If I wasn't a transvestite terrorist, would you marry me?

Eu já gostava do Cillian Murphy desde Sunshine - Alerta Solar, passando por Extermínio, Batman e Inception. Mais gostei vinte vezes mais depois de assistir Breakfast on Pluto (2005).


Em Breakfast on Pluto, Cillian é Patricia Kitten Braden, nascido Patrick, filho do padre local e da moça que trabalhava pra ele. Abandonado pela mãe e criado numa cidadezinha em que ninguém - além dos seus amigos - se dava muito bem com o seu jeito afeminado, Patrick decide ir procurar a mãe em Londres.

Eu adorei o filme. Não conheço praticamente nada da história da Irlanda, shame on me, mas sei o suficiente pra ter noção de que os anos setenta foram tensos por causa dos conflitos com o IRA e tudo o mais. Junte-se a isso o fato já comentado aqui algumas vezes de que os anos setenta também foram tempos difíceis em relação ao preconceito e, voilà, temos uma história e tanto.


Li numa crítica aleatória por aí que o Neil Jordan (diretor do filme, que dirigiu também Entrevista com o Vampiro) é bom em transformar histórias que inicialmente parecem simples em coisas ótimas, e é verdade. Entrevista com o Vampiro nas mãos erradas poderia ter se tornado um filme entediante - afinal, quem leu o livro lembra que descrição é o que não falta, né? Não é exatamente ação o tempo todo, é um livro sensorial. Mas essa sou eu desviando do assunto. -, mas se tornou um filme ótimo. Breakfast on Pluto segue o mesmo caminho, afinal, com essa sinopse você já pode imaginar um dramão dos grandes.

Não é exatamente um drama. Bom, ele é, mas não é bem essa a intenção, sabe? Tudo depende do personagem, e Kitten é uma sonhadora. Em tempos tão difíceis como aqueles, a solução que ela encontrou pra viver no mundo real foi fingir que nada era sério. Era tudo uma grande brincadeira, um sonho. E assim, vivendo na cidade que engoliu a sua mãe, ela vai procurando e sendo engolida também.

E tem o sotaque irlandês que é lindo; me faz lembrar os filmes mais antigos, não sei por quê. E as referências a Doctor Who <3 (isso me lembra que tenho que falar de DW aqui qualquer dia desses também) Enfim, recomendo.

2 comentários:

Daniel Savio disse...

Parece um bom filme, mas com certeza, filmes acabam nos provocando alguns sentimentos que nem entendemos porquê estão dentro de nós...

Hah, eu vi Sunshine, sendo que senão me engano, ele faz um dos cientista enviado para reviver o sol, sendo que ela manda uma mensagem para a Terra um pouco antes do filme complicar (por causa de um dos astronauta da equipe anterior surtado).

Fique com Deus, menina Moony.
Um abraço.

José Sousa disse...

Penso que é a primeira vez que venho até seu espaço. O que li, aqui, gostei e vou ser seu seguidor. Seja meu também em:

www.congulolundo.blogspot.com
www.minhalmaempoemas.blogspot.com
www.queriaserselvagem.blogspot.com

Um abração e tudo de bom.